Formadores locais da Região Metropolitana de Salvador estão participando, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), localizado na capital baiana, do IV Tempo Formativo – Refletindo sobre os percursos de ser alfabetizador: problematizar, analisar e refletir a prática alfabetizadora do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). O curso, iniciado nesta terça-feira (16), prossegue até quarta (17) e é destinado aos formadores locais dos municípios do Núcleo Territorial de Educação (NTE) 26. A formação, que envolve os seguimentos da Pré-escola, da Educação Infantil (1º ao 3º ano) e do programa Novo Mais Educação, tem como objetivo abordar estratégias voltadas à alfabetização das crianças na idade certa (até os oito anos de idade).
Participam 104 formadores locais do NTE 26, sob a coordenação da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), responsável também pela formação nos demais NTEs. No caso do NTE 26 são cinco formadoras regionais selecionadas pela instituição de ensino. A coordenadora regional do NTE 26 no PNAIC, Luciana Moraes, fala sobre os desdobramentos da formação nos municípios. “Os formadores locais que estão aqui foram indicados pelos municípios através de uma seleção. Ao retornarem às suas cidades vão realizar uma formação com professores e coordenadores pedagógicos de suas redes, que terá também uma carga horária de 100 horas (16 horas presenciais e 84h à distância) ”.
Diferentemente dos anos anteriores, para a edição 2017/2018 o PNAIC propôs que, além de fazer formação para professores e coordenadores do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental, que o processo formativo envolvesse também formadores da Pré-escola e do programa Novo Mais Educação. A formadora local da rede municipal de Salvador, Adriana Purificação, integrante da turma da Educação Infantil, ressalta que esta formação é inovadora. “Há algum tempo sentíamos falta um trabalho voltado à base alfabética nos anos inicias, afinal a Educação Infantil é corresponsável por esses processos de alfabetização. Daqui pretendo levar um rol de conhecimentos para seduzir os professores da Educação Infantil por meio de um trabalho de base alfabética específico, introduzindo os alunos no mundo da leitura escrita, de uma forma lúdica e prazerosa”, relata.
Ressignificação de conhecimentos – A formadora local Bárbara Cruz, que atua na Educação Infantil (1º ao 3º ano) da rede municipal de Mata de São João, fala de suas expectativas com a ressignificação dos conhecimentos. “Mais uma vez estamos aqui com o intuito de adquirir novos conhecimentos para fortalecer a alfabetização, que é a base para que o aluno possa percorrer os caminhos até o Ensino Superior. Nossa preocupação é que o processo de alfabetizar e letrar seja feito com eficiência e temos que ter esse comprometimento para mudar um pouco o quadro de, por exemplo, recebemos estudantes no Fundamental 2 que não conseguem fazer a introdução de um texto, ou seja, não estão bem alfabetizados. Se preocuparmos e nos comprometermos com a base, o aluno não vai chegar com essa dificuldade”, analisou.