Governo do Estado investe mais de R$ 15 milhões em bolsas para estudantes universitários pelo Programa Mais Futuro

O Mais Futuro, maior programa estadual de assistência estudantil, chega ao segundo ano, com investimento total de R$15.220.900,00. Promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, a iniciativa busca garantir a permanência dos estudantes que se encontram em condições de vulnerabilidade socioeconômica nas quatro universidades estaduais (UNEB, UEFS, UESC e UESB). Até o momento, foram atendidos 8.303 estudantes que recebem bolsas de auxílio permanência, de R$ 300 ou R$ 600, ou vagas de estágio, percebendo R$ 550, em órgãos públicos e privados.

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O secretário da Educação, Walter Pinheiro, destaca a importância do programa que segue a estratégia política do Estado de proporcionar o aprendizado e preparação do estudante até sua entrada no mundo do trabalho. “Estamos desenvolvendo um eixo pedagógico voltado para um novo perfil de oferta na educação. É proporcionar ao estudante da educação básica optar pelo que mais se identifica, seja na arte, cultura, ciência, empreendedorismo, curso técnico ou universidade. Então, o Mais Futuro vem garantir que o aluno saia do Ensino Médio e tenha a garantia de poder cursar e finalizar o Ensino Superior, principalmente para os de baixa renda, que por muitos motivos acabam abandonando a universidade. Com o programa, o Governo do Estado está garantindo esse direito aos jovens que optam pelo nível superior”, afirma.

A estudante do 6º semestre, do curso de Biologia, Helena Dantas, 27 anos, da Universidade Estadual do Sul da Bahia (UESB), em Vitória da Conquista, é uma das beneficiada e fala sobre a importância do Mais Futuro para sua vida. “O surgimento do Mais Futuro me deu a oportunidade de continuar na universidade. Moro no município de Livramento de Nossa Senhora, a 206 km, e estava passando por dificuldades financeiras, porque meu pai tinha ficado desempregado e não tinha a quem recorrer, apesar dos sacrifícios que já vinha fazendo para me ajudar. Com a bolsa de R$600 estou podendo garantir minha permanência, cobrindo custos de moradia e ajudar no dia a dia do curso”, contou.

Já a estudante Quetilen Souza, 20, 2º semestre de Fonoaudiologia, na Universidade Estadual da Bahia (UNEB), em Salvador, destacou que sem o Mais Futuro seria muito difícil a sua permanência na UNEB. “Acho que um dos grandes benefícios é podermos seguir sem uma dependência dos pais. Minha família não tem muitas condições e a bolsa ajuda a poupá-los de mais esse custo. Com o auxílio, divido um aluguel com outras colegas e ainda utilizo para adquirir materiais para as disciplinas. Sou muito grata porque vim de Botuporã, a 712 Km, perto da divisa com Minas Gerais, e tenho a condição de estudar em Salvador no curso que escolhi para minha profissão”, ressaltou.

Inscrição – Para participar do Mais Futuro, o estudante precisa estar devidamente matriculado, frequentando a universidade e ter cadastro no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais). A inscrição é aberta, sempre no final e início de cada semestre, e deve ser feita pelo sitewww.maisfuturo.educacao.ba.gov.br. Existem três tipos de auxílio permanência: Básico, de R$300, para estudantes que residem a menos de 100 km da universidade; Moradia, de R$600, para estudantes que residem a mais de 100 km da universidade; e Complementar, caso o aluno receba algum auxílio da universidade ou prefeitura, por exemplo, que é complementado com a diferença pelo Mais Futuro.

Além do auxílio permanência, que é oferecido até 2/3 do curso, o estudante também pode optar pelo estágio, segundo explica o coordenador do Programa Mais Futuro, José Carlos Sodré, da Secretaria da Educação. “O estudante tem esta opção a partir da publicação de editais. O estudante que já realizou 2/3 do curso, não tem mais direito à bolsa de permanência, mas o programa Mais Futuro dá a opção de ele ingressar em um estágio que vai lhe proporcionar uma renda para finalizar a universidade”, elucida Sodré, ao ressaltar que, após a homologação dos pedidos do auxílio pela Secretaria da Educação, os bancos avaliam os documentos via Receita Federal para verificar a veracidade. “Caso haja alguma incongruência nos documentos ou o candidato tenha alguma pendência, como no título de eleitor ou militar, por exemplo, o auxílio fica retido até que ele resolva essas questões”, acrescentou.