Profissionais que irão atuar na coleta de dados dos Ensinos Fundamental e na Educação Infantil junto às redes públicas estaduais e municipais para subsidiar a elaboração do novo Currículo Bahia, passaram por uma formação, nesta terça-feira (17), na sede da Secretaria da Educação do Estado. O objetivo é fazer com que os chamados ‘educadores-redatores’ da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) agreguem informações sobre os 27 Territórios de Identidade da Bahia, despertando o olhar para as diversidades socioeconômicas, culturais e ambientais do Estado.
A iniciativa faz parte do processo de elaboração do novo Currículo Bahia, ligados às diretrizes da BNCC, envolvendo a coleta e a sistematização das contribuições nas unidades estaduais e municipais referentes às ofertas de ensino nestas duas modalidades. A atividade contou com a presença do professor Roberto Sidney, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que falou sobre o processo de elaboração curricular. O diretor de estudos, Edgar Porto, da Secretaria de Planejamento do Estado (SEPLAN), também participou e falou sobre o desenvolvimento regional e as diferenças entre os diversos territórios.
O superintendente de Políticas para a Educação Básica do Estado, Ney Campello, destacou a importância da abordagem. “A nossa intenção é que ao final de um período, provavelmente em outubro, a coleta de informações possa convergir também com a BNCC do Ensino Médio, para o chamado novo Currículo Bahia. E para treiná-los, estamos convidando profissionais que possam auxiliar nesse processo, pois a nossa pretensão é que o processo de elaboração curricular seja associado e articulado com as identidades econômicas, culturais, sociais de cada um desses territórios e municípios. E para isso, os redatores não podem ser meros coletores de informações. Eles têm que entender o estado com suas diferenças e similaridades”, afirmou.
Segundo Edgar Porto, da SEPLAN, o conhecimento sobre os Territórios de Identidade é fundamental nesta construção. “A gente não pode falar da Bahia como um todo sabendo que o Estado tem muitas diferenças regionais. Vamos mostrar como é importante nos reconhecermos dentro da nossa região, porém pensando no mundo inteiro. Evidente que temos traços em relação aos fluxos econômicos e sociais de outras regiões do mundo, mas as regiões têm também as suas especificidades”, relatou.