Gestores de 56 unidades escolares que estão sendo transformadas em Escolas Culturais participaram de encontro, nesta quinta-feira (6/4), com os secretários e técnicos das Secretarias da Educação (SEC) e Cultura (SECULT) do Estado, para conhecer os processos de funcionamento do projeto. Com a adesão inicial de 85 unidades, em 66 municípios da Bahia, as Escolas Culturais têm o objetivo de potencializar os projetos estruturantes artístico-culturais que as escolas desenvolvem, além de fomentar atividades voltadas para o perfil de cada unidade. A ideia é estruturar os auditórios e outros espaços das unidades com equipamentos para projeção de audiovisual, palco para apresentações artísticas e internet banda larga para o desenvolvimento dos projetos, a exemplo de programas de rádio e fomento ao empreendedorismo, dentre outros.
O encontro aconteceu no auditório da sede da SEC. O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, destacou que a concepção das Escolas Culturais partiu do governador Rui Costa, com o objetivo de ampliar a integração entre a comunidade e as escolas, dando ênfase às atividades culturais. “Nossas escolas já possuem uma prática consistente de incentivo à arte e à cultura, e agora teremos condições de ampliar mais ainda, nessas escolas, estas atividades com foco nos conteúdos pedagógicos, na produção de audiovisual dos estudantes integrada à grade curricular. Quem melhor para contar as histórias do que acontece em cada canto do nosso estado, através da linguagem audiovisual, do que os estudantes?”, indagou. Pinheiro também solicitou que os gestores escolares sejam estimuladores deste processo, para que cada escola possa decidir suas prioridades com o envolvimento dos estudantes, professores e da própria comunidade em que cada escola está inserida.
Para o secretário Jorge Portugal, o contato regular com a arte transforma o estudante em cidadão. “O poder da cultura e suas linguagens artísticas a partir da sala de aula é imensurável, por isso, quando o estudante se aproxima da cultura diariamente, na sala de aula, ele não se torna apenas um aluno competente, mas um ser humano melhor, influenciando toda sua vida pessoal e profissional”, destacou.
A gestão das Escolas Culturais será realizada por meio de uma equipe compartilhada, com representantes da Secretaria da Educação e Cultura, um grupo de trabalho das duas secretarias e representantes dos Núcleos Territoriais e pelos Núcleos de Arte e Cultura (NAC), formado por um professor, dois líderes de classe e um representante Territorial de Cultura. O educador e os dois alunos passarão por uma formação continuada com cursos promovidos em diversas áreas de cultura, ministradas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) e NEOJIBA.
A diretora, Maria Helena de Assis, do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães, em Bom Jesus da Lapa, localizado no Núcleo Territorial de Educação de Bom Jesus da Lapa (NTE 2), a 778 Km de Salvador, falou sobre a importância de participar da iniciativa. “Essa ação vem somar o que desenvolvemos na escola, mas agora nós teremos uma melhor estrutura e recurso para ampliar. Além disso, a cultura é o que faz brilhar a escola e possibilita a educação integral. É uma proposta maravilhosa e nos sentimos honrados em participar das Escolas Culturais”, enfatizou.